quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
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DERROTADO, ESTADO DE MINAS CORTA 12 JORNALISTAS
Jornal Estado de Minas, dirigido por Zeca Teixeira da Costa, que fez campanha explícita por Aécio Neves, participando até de vídeos no WhatsApp, agora paga o preço de seu engajamento político; nesta quarta-feira, 12 jornalistas foram demitidos; "O jornal passa por uma crise financeira, e uma crise de gestão e credibilidade. Nos últimos tempos, O Estado de Minas adotou uma linha editorial atrelada a um grupo político e acabou perdendo assinantes e, consequentemente, diminuindo sua venda em bancas", disse o presidente do sindicato, Kerison Lopes
7 DE JANEIRO DE 2015 ÀS 21:30
247 - O engajamento político do jornal Estado de Minas, que fez campanha explícita pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), agora cobra seu preço. Nesta quarta-feira, 12 profissionais do jornal foram demitidos.
À revista IMPRENSA, Kerison Lopes, presidente do sindicato dos jornalistas de Minas, afirma que as demissões ocorrem em decorrência da crise financeira enfrentada pela publicação, que vai além dos problemas enfrentados pelos veículos impressos em todo o mundo.
"O jornal passa por uma crise financeira, e uma crise de gestão e credibilidade. Nos últimos tempos, O Estado de Minas adotou uma linha editorial atrelada a um grupo político e acabou perdendo assinantes e, consequentemente, diminuindo sua venda em bancas", disse ele.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais também divulgou nota. Leia abaixo:
Sindicato denuncia demissões no Estado de Minas e solidariza-se com dispensados
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais denuncia a demissão de doze jornalistas do Estado de Minas realizadas nesta quarta-feira (7/1/15), todos eles com grande experiência profissional, alguns dos quais trabalhavam no jornal há décadas. Os cortes atingiram repórteres, editores, fotógrafos, um ilustrador e um diagramador; cinco editorias foram afetadas. Foi demitida também uma secretária. O Sindicato solidariza-se com os demitidos e suas famílias e manifesta sua grande preocupação com o fato, que enfraquece o jornalismo mineiro.
A preocupação do Sindicato não se limita à perda do emprego desses jornalistas e fechamento de postos de trabalho, mas também às circunstâncias que cercam a decisão da empresa. No final de 2014, num ato que teve grande repercussão, o o então editor de Cultura João Paulo Cunha pediu demissão da empresa, por não aceitar ter seus artigos censurados. Na ocasião, muitos colegas da redação fizeram um protesto contra a demissão, com o nome #somostodosjoão.
O Sindicato dos Jornalistas entende que o fortalecimento da profissão e da liberdade de imprensa passa pela produção de um jornalismo vigoroso, informativo e democrático, exatamente o oposto das medidas que vêm sendo tomadas pelo Estado de Minas. A renovação urgente do jornalismo mineiro não pode prescindir de profissionais experientes como estes que acabam de ser dispensados.
O Sindicato informa ainda aos dispensados que transmitirá orientações jurídicas a serem tomadas e em relação ao plano de saúde, que foi motivo de litígio recente dos jornalistas com a empresa.
Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.
Brasil 247
Inflação dentro da meta aqui. Mas é a deflação na Europa que a arrasta à crise
7 de janeiro de 2015 | 20:33 Autor: Fernando Brito
Nossa inefável Míriam Leitão jogou a toalha no combate que travou durante todo o ano dizendo que a inflação iria estourar o teto da meta (6,5%) e publicou, hoje, a previsão da consultoria Tendências de que, afinal, o IPCA de 2004 fechará em 6,4%.
6,4%, 6,5% ou 6,6%, do ponto de vista econômico, não representam qualquer diferença, é obvio.
Mas o fetiche por casas decimais de nossos comentaristas econômicos dá uma importância imensa a isso.
Muito mais importante é o despencar dos preços do petróleo, que altera não apenas o desempenho das relações de troca – comércio e câmbio – de todo o mundo.
Décimos de um por cento importantes foram os divulgados hoje, os menos 0,2% de variação dos preços na Europa.
Deflação.
Que, ao contrário do que muitos possam pensar aqui, pode significar o caos.
Sinal de um escorregar do quadro da economia européia da estagnação para a recessão.
E que, do outro lado do Atlântico, trava também os norte-americanos, o que levou o Federal Reserve a deixar claro que não haverá, ao menos até abril, o aumento dos juros do Tesouro, não apenas por razões internas, mas também para não drenar mais ainda os recursos da Europa, onde os juros cobrados eram quase zero, com leve inflação e que, agora, com deflação, não têm possibilidade de fazer dinheiro ir para a produção e, de outro lado, permitir que os países pensem em, via receita tributária, fazer frente ao financiamento de seus títulos.
São os países mais endividados da Zona do Euro que estão pressionando o Banco Central da Europa a fazer um movimento contrário, injetando liquidez na economia do continente com uma cópia do “quantitative easing” usado pelos EUA após a crise de 2008/09, como forma de atenuar os dramas trazidos pela paralisia econômica.
O desemprego segue alta. Na Itália, subiu para 13,4% e em Portugal para 13,9%. Na Espanha e na Grécia, cerca de um quarto da força de trabalho permanece desempregado.O desemprego entre os jovens com menos de 25 anos é espantoso: na Espanha é de 53,5% e na Grécia, 50% estão fora do mercado de trabalho. A Croácia vem seguida, com 45,5% dos seus jovens desempregados e Itália, com 43,9%.
A moeda europeia perdeu, em quatro meses, 15% de seu valor frente ao dólar.
A ordem econômica mundial tornou-se insustentável também para os europeus -com ressalvas aos alemães que, mal e mal – ainda conseguem sustentar um ligeiro crescimento – e mesmo sem a força do passado, a velha dama européia ainda é essencial para o equilíbrio de forças no mundo.
Recessão na Europa, desastre na Rússia com a queda no preço do petróleo, esfriamento do dragão chinês e outras ameaças potenciais deveriam estar chamando nossa atenção neste momentos e ajudando a desenhar nossas opções estratégicas.
Mas nossa imprensa econômica está muito preocupada com mais ou menos zero vírgula zero qualquer coisa na taxa de inflação.
Do Blog Tijolaço
Cunha entra na “Lava-Jato”. Dá para ver quem é a turma do Paulo Roberto?
7 de janeiro de 2015 | 08:49 Autor: Fernando Brito
Agora vamos ver como a mídia se comporta com a sua grande esperança de criar um foco de sabotagem ao Governo Dilma na Câmara dos Deputados.
Como, agora, acusar equivale a condenar, Eduardo Cunha não pode mais contar com a presunção da inocência das acusações de levar dinheiro do “ladrão de carreira” Paulo Roberto Costa, através das entregas feitas pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”.
É o que revela a Folha, numa matéria em que, cheia de dedos com o inimigo da regulação da mídia diz que Cunha está no grupo daqueles “que têm contra si somente indícios de participação em transações criminosas”.
Ou seja, que vai ser investigado, mas não denunciado imediatamente.
Entre outras razões, porque o MP e o juiz Sérgio Moro não aceitou a “delação premiada” de “Careca”, bagrinho no esquema, cuja a função era levar a bufunfa a domicílio.
O MP e o Dr. Moro acham que indulgência devem receber os mentores e autores da roubalheira, não o entregador de grana que é capaz de dizer quem, quando, onde e como recebeu.
E, claro, a de Youssef, nas palavras do Dr. Moro, um “ladrão profissional”.
Portanto, “Careca” não vale contra Cunha.
Porque Cunha é “vip” e escapou até de uma acusação de cumplicidade criminosa com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, onde a coisa sobrou só para o procurador que falsificou documentos que o beneficiavam.
Um caso bem parecido com o da sonegação da Globo, onde o criminoso pratica o crime de interesse de terceiro sem que este, coitado, nada tenha a ver com isso.
É capaz de o implante de cabelos do deputado que dá nó em pingo d´água parece que vai salvá-lo do “Careca”.
Do Blog Tijolaço
A vocação de mosca de O Globo
6 de janeiro de 2015 | 23:17 Autor: Fernando Brito
O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.
O que está acontecendo com esta indústria, que só não quebrou porque seus contratos de hedge aliviam sua situação por algum tempo, tem as proporções de hecatombe, não só na economia mas no meio ambiente, porque torna inviável financeiramente a produção de energia limpa, que é cara.
Em três meses, o preço mundial do petróleo caiu mais de 50%.
Ontem, queda de 6%. Hoje, mais queda, quase igual.
E o que faz O Globo?
Zumbe como uma mosca em volta da Petrobras.
Poderia ser traduzida como “Vendam, entreguem, façam algo para se livrar deste mico”, não é?
E se não é viável para a empresa que já detém quase toda a outorga para explorar as jazidas conhecidas (ou semiconhecidas) da área, também não seria para as outras petroleiras?
A leitura da matéria mostra que nenhum dos especialistas consultados acha que é inviável a exploração do pré-sal, obvio.
Porque não é.
E não é desastroso para a Petrobras, mais que para outras petroleiras, a queda no preço do petróleo, porque a curva de produção está apenas no início de elevação, com pico a daqui a mais de cinco anos.
A queda do preço permite conjugar, sem traumas, a elevação do dólar com a não-elevação do preço ao consumidor, internamente, aliviando suas pressões de caixa.
E, muito ao contrário, leiloar áreas do pré-sal, agora, seria entregar a preço de banana o que, ninguém tem dúvidas, vai voltar aos altos patamares de preço que tinha antes.
É tudo o que o Globo quer.
O Globo é a mais perfeita tradução da raposa que não alcançou as uvas.
Estavam verdes, aquelas porcarias, não é?
Do Blog Tijolaço
Patrus traz Kátia à realidade. Conflito agrário existe, não pode haver é violência no campo
6 de janeiro de 2015 | 12:56 Autor: Fernando Brito
Coube ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, hoje, chamar à realidade a colega da Agricultura, Kátia Abreu, pela tolice de ontem, ao dizer que “não existe mais latifúndio” no Brasil.
A nossa ruralista precisa entender que ela não é mais líder de um segmento da sociedade, mas uma agente pública de toda a sociedade para a produção rural.
Como dizem os gaúchos, um “trancaço” para Kátia Abreu aprender que governo é, para ser democrático, o encontro de visões diferentes e o alcançar da síntese possível e produtiva para todos.
Aliás, um “trancaço” com direito às palavras do papa Francisco, a quem não se pode chamar de “bolivariano”.
O trabalhismo socialista, no Brasil, jamais negou a importância do produtor rural. Ao contrário: até Lula todos os seus grandes líderes eram ligado à produção e o ex-metalúrgico não seguiu caminho diferente, dando ao agronegócio brasileiro um apoio que “nunca antes na história deste país” teve.
Existe latifúndio, é inevitável que exista no modo capitalista de produção no campo e o Brasil não tem, propriamente, uma escassez de terras para todos.
Quem passa pelos imensos campos do Centro-Oeste brasileiro, naquela amplidão, não pode imaginar aquela área produzindo só em pequenas chácaras ou minipropriedades.
Mas quem, nas franjas daquela imensidão, vê milhares de famílias vivendo com pequenos terrenos e em barracos de lona também não pode reduzir este problema a ação de “agitadores” que foi para lá acabar com a “calma” da escravidão senhorial.
Patrus deu uma aula de civilização a Kátia Abreu.
E também o que significa uma visão moderna de economia inclusiva, onde escalas de produção e realidades econômicas devem se integrar e oferecerem-se, mutuamente, os benefícios da sinergia.
A menos que o produtor rural brasileiro ainda tenha a visão do “velho oeste”, achando que seu perfil que sua cabeça e sua cintura se prestem apenas para usar chapéu e um coldre de revólver.
E cowboy, D. Kátia, nem no cinema mais anda passando….
Leia a cobertura da posse de Patrus no Valor:
Ignorar a desigualdade é uma forma de perpetuá-la, defende Patrus
Raphael Di Cunto e Andrea Jubé
Em contraste com a declaração da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), que declarou não existirem mais latifúndios no Brasil, o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (PT-MG), afirmou nesta terça-feira, ao tomar posse no cargo, que “ignorar, ou negar, a permanência da desigualdade e da injustiça é uma forma de perpetuá-los”.
“Não basta derrubar as cercas do latifúndio. É preciso derrubar também as cercas individualistas e excludentes do processo social”, afirmou Patrus, aplaudido de pé pela plateia formada principalmente por representantes de movimentos sociais, funcionários do ministério e políticos do PT. A cerimônia não foi acompanhada por Kátia Abreu, que, ao tomar posse na segunda-feira, disse que pretendia atuar próxima do Desenvolvimento Agrário.
Patrus disse trabalhará para fazer um país mais justo para todos os 200 milhões de brasileiros, mas que a reforma agrária não depende apenas do governo. “Não depende apenas da vontade da presidente da República e de seus ministros. Passa pelo Congresso Nacional, Poder Judiciário, pelo Ministério Público, passa sobretudo, pela sociedade, pelos meios de comunicação, pelas organizações sociais. No limite, é escolha feita pela própria sociedade”, afirmou.
O ministro citou os papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo II e Francisco como defensores da função social da terra e pregou que os conflitos no campo sejam resolvidos de forma pacífica. “Sabemos que a relação entre as pessoas, grupos e classes sociais são conflitantes. O que não significa o domínio da violência. As divergências podem ser processadas pelas vias civilizatórias da ética pública, do diálogo e da democracia”, discursou.
Para o petista, o princípio da função social da terra, “que está nas constituições brasileiras desde 1934”, precisa ser “cada vez mais reconhecido, regulamentado e implantado” para fazer a reforma agrária e urbana. “Não se trata de negar o direito de propriedade, que é uma conquista histórica e civilizatória. Trata-se de adequar o direito de propriedade aos outros direitos fundamentais, ao interesse público e ao desenvolvimento integrado do Brasil”, disse.
O novo ministro prometeu buscar ações conjuntas com todos os ministérios que tenham “áreas afins e complementares” e “adotar parcerias com governos estaduais e municipais, igrejas e tradições religiosas, universidades e centros de pesquisas, entidades sindicais e sociais”.
“O MDA, em sintonia com a liderança da presidenta Dilma, vai avançar nas conquistas sociais, assegu radas na legislação vigente e nas políticas já implementadas e em fase de execução”, disse Patrus, que substituiu Miguel Rossetto (PT), deslocado para a Secretaria Geral da Presidência da República, onde fará a interlocução com os movimentos sociais.
Compareceram ao ato os ministros Jaques Wagner (Defesa), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Manoel Dias (Trabalho), Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Hélder Barbalho (Pesca), Marcelo Néri (Assuntos Estratégicos), Nilma Gomes (Igualdade Racial), Eleonora Menicucci (Política p ara as Mulheres), Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência) e Ideli Salvatti (Direitos Humanos).
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